Dalvinha Brandão é drag queen, ativista, pesquisadora e incentivadora da cultura drag queen, drag king e transformista no Brasil. Trabalhando nessa área há aproximadamente dez anos, foi uma das responsáveis pelo reavivamento da cena drag/transformista em Curitiba, onde começou, promovendo eventos que incentivavam a montação numa época em que pouca gente falava disso, produzindo festas como a OVER:, a Crossdresserdiscodiva, o Natal Infernal. Também foi uma das primeiras a oferecer uma oficina – Entravecando com Dalvinha Brandão – que mistura técnicas drag com elementos da história do transformismo brasileiro e vem sendo realizada em diversas cidades pelo país, desde 2012.
Tendo o humor como um ponto central no seu trabalho, Dalvinha dedica-se também à comédia stand up, quase sempre com textos provocadores e com uma forte crítica social. A busca pela construção de um cenário mais diverso e menos convencional no humor brasileiro, começou a produzir também a Quinta Cítrica, um evento voltado a artistas de diferentes áreas que queiram experimentar novas linguagens no humor.
Mudou-se para o Rio de Janeiro em 2016, quando coproduziu o Circuito Artes da Noite, em parceria com o festival Yes! Nós temos Burlesco. O Circuito procurou aproximar artistas burlescos, drag queens, transformistas e artistas do humor, reuniu gente de diversas partes brasileiras e também foi responsável por juntar pessoas de diversos contextos e gerações da cena carioca.
De volta a Curitiba, produz, em parceria com Juana Profunda, o Maravilhoso Cabaré das Divinas Divas, um evento que brinca com o formato televisivo dos programas femininos para apresentar ao público o trabalho de diversos artistas, tanto iniciantes quanto consagrados, entre drag queens, atores e atrizes, músicos, artistas burlescos, humoristas e comediantes, em números curtos, entrevistas e esquetes cômicos.
Hoje vive entre Paraná, Santa Catarina e São Paulo, atuando também constantemente fora do ambiente artístico, apresentando eventos no meio corporativo, festas de formatura, bailes de debutantes, casamentos, chegando inclusive a celebrar alguns. Atua também com prevenção de ISTs e educação sexual também no meio corporativo, mas especialmente em parceria com ONGs e outras instituições ligadas à comunidade LGBTTI. Participa frequentemente de debates e mesas voltadas a discutir questões relacionadas aos direitos LGBTTI, a história da cultura transformista, humor e arte.
Gravou neste ano dois singles: Psicopata do Amor, composição sua, em parceria com Jo Mistinguett e Amira Massabki, e Por que brigamos?, cover do sucesso da cantora Diana, com produção do DJ Baba.